V. O CAMPO DA IGREJA E O SEGUNDO TEMPLO

Em setembro de 1908 chegou em Alto Jequitibá o Rev. Aníbal Nora onde permaneceu 15 dias pregando, visitando e preparando-se para uma visita completa a todo o campo na qual gastou 45 dias no campo jurisdicionado pela Igreja que tinha um diâmetro de 270 km, e abrangia: São Sebastião da Barra, São João do Rio Preto, Manhuaçu, Barra do Jequitibá, Mantimento, Santa Helena, São Pedro da Cabeluda, Santa Margarida, São João do Matipó, Angelim, Durandé, Lajinha, Mutunzinho, São Manoel do Mutum, Lajinha do Mutum, Vila do José Pedro, Caratinga, Inhapim, Congregação do Brandão, Pocrane e Figueira do Rio Doce.

Quando o Rev. Aníbal Nora chegou em Alto Jequitibá o templo era um velho barracão que não comportava o povo e não servia para a Escola Dominical. Em 1910 deu-se início a campanha para a construção do novo templo inaugurado em 8 de outubro de 1911 com capacidade para 700 pessoas. Em 1918 foi registrado que o templo não comportava os membros da igreja.

Havia em Alto Jequitibá uma Escola Municipal com pequena frequência. D. Constância Nora esposa do Rev. Aníbal Nora resolveu abrir uma Escola Primária na Casa Pastoral que foi o germe do Ginásio Evangélico. A casa era um sobrado e na parte superior funcionava a Escola. A matrícula chegou a 70 alunos e durante 4 anos D. Constância lecionou sozinha.

O Rev. Anibal Nora preparou um Relatório Histórico de 1908 a 1926 da Igreja e das reuniões do Presbitério Leste de Minas. Sobre a Escola Dominical ele registra em 1912:

É com bastante pesar que registramos neste relatório que as nossas Escolas Dominicais não tem sido o que devem ser. Esta é uma instituição importantíssima e utilíssima, para qual é necessária que o povo tenha mais um pouco de simpatia e boa vontade. A maioria dos matriculados nas escolas, homens, senhoras e crianças tem uma frequência inferior a metade dos domingos do ano, tendo mesmo alguns a pequeníssima frequência de 15 domingos, 10 domingos e outros ainda menos. E claro de ver-se que a Escola Dominical para tais pessoas é uma cousa sem importância.1

Em 1913 a Escola Dominical melhorou sob a direção do Superintendente Arthur Ferreira da Rocha sendo premiados os alunos que tivessem mais de 30 presenças ao longo do ano.2 Após o pastorado do Rev. Aníbal dos Santos Nora (1908 -1927), assumiu o pastorado da Igreja o Rev. Júlio Camargo Nogueira (1928 a 1929).