As qualificações dos presbíteros – 2ª Parte

“Procura dentre o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza…” (Êx 18.21).

Na devocional do último domingo, apresentamos alguns textos bíblicos que destacam as qualificações dos presbíteros. Hoje, conclamo os irmãos a refletirem sobre algumas dessas qualificações, a saber:

Não arrogante (Tt 1.7). Obstinado em sua própria opinião, teimoso, arrogante, pretensioso. Ou seja, aquele homem que se recusa a ouvir os outros, mantendo-se irredutível nas suas “verdades” que privilegiam os seus interesses, em detrimento dos direitos, sentimentos e necessidade dos outros.

Não dado ao vinho (I Tm 3.3; Tt 1.7). Essa afirmativa indica alguém que faz uso frequente e continuamente da bebida. Um viciado em vinho. A orientação de Paulo é para que o presbítero não seja assim. Paulo fala sobre o perigo da embriaguez, ao que parece, existente, mesmo entre os crentes (I Co 11.21). Paulo não fala de total
abstinência, mas de moderação; todavia, cremos que a abstinência total seja mais recomendável (Rm 14.21; I Ts 5.22).

Não violento (I Tm 3.3; Tt 1.7). Literalmente a palavra significa “Não dado à violência”, “briguento”. Este aspecto precisa ser observado tanto no trato com as pessoas da Igreja, como também em casa, no convívio com os seus familiares e com os seus semelhantes. Homens violentos não servem para o presbiterato na Igreja do Senhor.

Não irascível (Tt 1.7). Inclinado à ira, de temperamento “quente” e “explosivo”. Alguém que esteja habitualmente inclinado a ira, explosivo. O presbítero não pode ser alguém “famoso” pela sua disposição a ira. Homens assim estão desqualificados para o ofício de presbíteros. (Vd. Pv 21,19; 22.24; 29.22).

Não pode ser neófito (I Tm 3.6). O sentido literal é de “recém-plantado”. Tem a ideia de “novo convertido”. Sem experiência na vida cristã. O presbítero precisa de maturidade, demonstrando a sua firmeza doutrinária e sua maturidade cristã.

Não avarento (I Tm 3.3). Ou seja, “não amante do dinheiro”. Alguém que lucra de forma desonesta. O homem que tem o seu coração nos bens materiais.

Não cobiçoso de torpe ganância (Tt 1.7; I Pe 5.2). O princípio é o mesmo que vimos em (I Tm 3.8). Isto é, alguém que lucra desonestamente.

Continua no próximo número