Um coração puro – Alvo para 2023

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável” (Sl 51.10).

Início de um novo ano é tempo oportuno para estabelecermos novos propósitos, ou renovarmos aqueles que não conseguimos alcançar no ano que passou. Por isso estamos propondo a oração de Davi, registrado no Salmo 51.10, como nosso alvo para esse novo ano, extraído de um artigo do Rev. Hernandes Dias Lopes, cujo título original é o clamor de Davi.

“Em virtude de seu deslize moral e do sofrimento atroz que sentiu em razão de ter escondido esse pecado, ao destampar as câmaras de horror de seu coração, Davi reconheceu que não poderia, por si mesmo, possuir um coração puro. Então, ele pede a Deus que realize essa obra nele e por ele. O texto enseja-nos cinco lições.

Em primeiro lugar, o nosso coração é inclinado para a impureza. Nossa conversão não erradicou nossa natureza adâmica. Ainda temos um coração inclinado para o mal. Ainda temos dentro de nós uma fábrica de ídolos. Nosso coração é um laboratório de impureza. O mal que não queremos fazer fazemos, porque nosso coração desesperadamente corrupto nos arrasta para esses desejos e práticas. Nossa carne ainda milita contra o Espírito. Somos uma guerra civil ambulante. Somos um ser em conflito. Somos arrastados em direções opostas. As paixões carnais ainda fazem guerra contra nossa alma. Por isso devemos clamar: “cria, em mim, ó Deus, um coração puro.

Em segundo lugar, o nosso coração é mestre de enganos. Nosso coração é assaz enganador. Ludibria-nos com suas mentiras. Cobre-se com vestes de piedade, enquanto navega nas águas escuras da impureza. Veste-se com mantos de justiça, enquanto alimenta-se de vaidade. Faz propaganda de santidade, enquanto encobre a transgressão. O nosso coração não é confiável! Não pode ser plenamente conhecido nem mesmo sondado por nós mesmos. É desesperadamente corrupto a ponto de nenhum homem, por maior que seja seu conhecimento, poder discernir seus intentos.” Então, precisamos clamar: “cria, em mim, ó Deus, um coração puro.”

Continua no próximo número.